Dr. Daniel Cezar de Andrade
A catarata é a maior causa de cegueira reversível no mundo. Ela é a opacificação de nossa lente natural, que se chama cristalino. No início, a catarata apenas causa alterações leves, mudando somente a qualidade de nossa visão, alterando o contraste e a nitidez do que vemos, e conforme ela evolui, causa a redução da visão. Essa influência ocorre porque antes da imagem chegar a nossa retina, ela passa pelo cristalino.
A catarata pode ser por causas secundárias, como trauma, diabetes, o uso prolongado de cortisona entre outros, mas a maioria dos casos que entram no consultório é relacionada com a idade, ou seja, a catarata senil. Ela ocorre geralmente a partir dos 55 anos, mas raramente ganha indicação de tratamento antes dos 60 anos de idade. Existem vários tipos de catarata, relacionadas a doenças, problemas oculares, trauma, mas não nos cabe aqui em distingüi-las. Infelizmente não há uma forma de previnir a formação da catarata senil, apesar de teoricamente com alimentação saudável desde a infância, não fumar, e proteger os olhos de raios UV, teoricamente previnir sua formação, na prática isso é muito difícil de ser aplicado durante toda a vida.
O diagnóstico da catarata é simples. Em uma consulta de rotina o diagnóstico é feito e a indicação de tratamento raramente necessita de exames complementares. Apesar disso, eles são fundamentais para avaliação não somente da catarata, mas como avaliação de outras estruturas oculares, a procura de outras patologias que possam estar contribuindo com a redução visual, assim como para o planejamento cirúrgico. A presença de doenças associadas raramente contra-indica o tratamento da catarata, porém o conhecimento dessas é fundamental para a melhor conduta de cada caso, pois as vezes precisamos associar tratamentos.
- Residência Médica em Oftalmologia Pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) de mar/2005 a mar/2008- Hospital Pedro Ernesto.
- Título de especialista em oftalmologia emitido pelo MEC / Faculdade de Ciências Médicas da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), com Registro de qualidade de especialista (RQE) no CREMERJ;
- Título de especialista em oftalmologia emitido pelo CBO - Conselho Brasileiro de oftalmologia após prova de proficiência com conceito excelente (prova AMB - Associação Médica Brasileira e CBO) com Registro de qualidade de especialista (RQE) no CREMERJ;
- Aprimoramento cirúrgico em catarata (facoemulsificação) em 2008 e 2009 no Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ)
- Membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa BRASCRS-ABCCR
- Membro da Academia Americana de Oftalmologia (AAO)
A catarata é a maior causa de cegueira reversível no mundo. Ela é a opacificação de nossa lente natural, que se chama cristalino. No início, a catarata apenas causa alterações leves, mudando somente a qualidade de nossa visão, alterando o contraste e a nitidez do que vemos, e conforme ela evolui, causa a redução da visão. Essa influência ocorre porque antes da imagem chegar a nossa retina, ela passa pelo cristalino.
A catarata pode ser por causas secundárias, como trauma, diabetes, o uso prolongado de cortisona entre outros, mas a maioria dos casos que entram no consultório é relacionada com a idade, ou seja, a catarata senil. Ela ocorre geralmente a partir dos 55 anos, mas raramente ganha indicação de tratamento antes dos 60 anos de idade. Existem vários tipos de catarata, relacionadas a doenças, problemas oculares, trauma, mas não nos cabe aqui em distingüi-las. Infelizmente não há uma forma de previnir a formação da catarata senil, apesar de teoricamente com alimentação saudável desde a infância, não fumar, e proteger os olhos de raios UV, teoricamente previnir sua formação, na prática isso é muito difícil de ser aplicado durante toda a vida.
O diagnóstico da catarata é simples. Em uma consulta de rotina o diagnóstico é feito e a indicação de tratamento raramente necessita de exames complementares. Apesar disso, eles são fundamentais para avaliação não somente da catarata, mas como avaliação de outras estruturas oculares, a procura de outras patologias que possam estar contribuindo com a redução visual, assim como para o planejamento cirúrgico. A presença de doenças associadas raramente contra-indica o tratamento da catarata, porém o conhecimento dessas é fundamental para a melhor conduta de cada caso, pois as vezes precisamos associar tratamentos.
O tratamento da catarata é exclusivamente cirúrgico. Todos tratamentos medicamentosos propostos pela indústria farmacêutica não mostraram resultado algum em estudos prolongados. Mas isso não é uma má notícia. A moderna técnica de cirúrgia da catarata, pelo aparelho de facoemulsificação (popularmente chamada de cirurgia a Laser), realizada através de microincisões, as excelentes lentes intra oculares (decisão pela qual deve ser conversada com o cirurgião) que temos à disposição, e ainda a evolução da técnica anestésica, permitindo realizar a cirurgia apenas com colírios, temos como resultado uma cirurgia muito segura, de recuperação rápida, muitas vezes o paciente sai enxergando da cirurgia, com internação de curto prazo (somente no período da cirurgia, tendo alta logo após). Os riscos existem, como qualquer cirurgia, mas a técnica atual, com um pré operatório completo, minimizam essa preocupação. Os resultados são constantes, diferente do que ocorria em outras técnicas, como a extracapsular, que antecedeu a facemulsificação, onde era feito uma grande incisão e sutura (costura), e técnica intracapsular, onde nem ocorria o implante da lente intraocular.
Por isso é importante o acompanhamento regular após o diagnóstico da catarata, quando ainda não há a indicação de cirurgia, porque se ela ficar muito dura, popularmente chamada de "madura", pode inviabilizar a cirurgia por facoemulsificação, deixando o paciente de ter os principais benefícios desta técnica, principalmente a segurança e o uso de lentes intra oculares de ótima qualidade.
Com as técnicas anteriores a facoemulsificação, tínhamos que esperar a progressão da catarata, ou no termo popular, "amadurecer" a catarata, porque as técnicas eram limitadas, o risco de complicações eram relativamente maiores, o grau residual maior, muitas vezes inevitável e alem disso, o cristalino endurecido ou maduro era extraído com maior facilidade e segurança. Com a facoemulsificação, nós partimos o cristalino e aspiramos ele, retirando do olho em fragmentos. Nessa técnica, como o cristalino não sai inteiro, mas sim em partes, sendo aspirado para dentro do aparelho. Por isso, quando o paciente apresenta catarata, sugerimos o acompanhamento periódico, evitando o amadurecimento da catarata, e assim permitindo a indicação da cirurgia em um momento ótimo.
Por isso é importante o acompanhamento regular após o diagnóstico da catarata, quando ainda não há a indicação de cirurgia, porque se ela ficar muito dura, popularmente chamada de "madura", pode inviabilizar a cirurgia por facoemulsificação, deixando o paciente de ter os principais benefícios desta técnica, principalmente a segurança e o uso de lentes intra oculares de ótima qualidade.
Com as técnicas anteriores a facoemulsificação, tínhamos que esperar a progressão da catarata, ou no termo popular, "amadurecer" a catarata, porque as técnicas eram limitadas, o risco de complicações eram relativamente maiores, o grau residual maior, muitas vezes inevitável e alem disso, o cristalino endurecido ou maduro era extraído com maior facilidade e segurança. Com a facoemulsificação, nós partimos o cristalino e aspiramos ele, retirando do olho em fragmentos. Nessa técnica, como o cristalino não sai inteiro, mas sim em partes, sendo aspirado para dentro do aparelho. Por isso, quando o paciente apresenta catarata, sugerimos o acompanhamento periódico, evitando o amadurecimento da catarata, e assim permitindo a indicação da cirurgia em um momento ótimo.
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